domingo, julho 29, 2007

a-feto (ou posternidade)

Mesmo antes de nascer
Da barriga da minha mãe
Até hoje dou meus chutes
Sobre quem sou eu

Passamos. O tempo e eu
colecionando os palpites,
Uns certos por dias
outros, meses...

Se fosse dizer ontem
Eu seria compreesão.
Anteontem, amor talvez.

Hoje creio que emoção,
carinho, afeto...
Mas o melhor mesmo
seria lacuna.

A conclusão que tiro disso,
curioso espectador de mim,
é que possivelmente sempre
não saberei responder eu
a esta questão de ser

A não ser que um dia,
O último deles, quem sabe?
Por quase não ser, saberei eu dizer
não quem sou, mas quem fui?

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