terça-feira, fevereiro 15, 2005

A rota do indivíduo

Mera luz
Que invade a tarde cinzenta
E algumas folhas deitam
sobre a estrada

Frio é o agazalho que esquenta
O coração gelado quando venta
movendo a água abandonada

Restos de sonho sobre um novo dia
Amores nos vagões, vagões nos trilhos
Parece que quem parte é a ferrovia

Que mesmo não te vendo te vigia
Como mãe...
Como mãe que dorme olhando os filhos
Com os olhos na estrada


E no mistério solitário da penugem
Vê-se a vida correndo, parada
Como se não existisse chegada
Na tarde distante ferrugem
Ou nada

Djavan

Nenhum comentário: