O verbo saiu com os amigos
Pra bater um papo na esquina
A verba pagava as despesas
Porque ela era tudo que ele tinha
O verbo não soube explicar depois
Porque foi que a verba sumiu
Nos braços de outras palavras
O verbo afogou sua mágoa e dormiu
O verbo gastou saliva
De tanto falar para o nada
A verba era fria e calada
Mas ele sabia, lhe dava valor
O verbo tentou se matar em silêncio
E depois quando a verba chegou
Era tarde demais O cadáver jazia
A verba caiu aos seus pés a chorar
Lágrimas de hipocrisia
Rosebud
Dolores e dólares
(Lenine / Lula Queiroga)
terça-feira, outubro 05, 2004
Rosebud (o verbo e a verba)
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